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14 novembro 2009

Produtores do Circo Voador testam preconceito em agências bancárias

 

Produtores do Circo Voador testam preconceito em agências bancárias
Enviado por Felipe Sáles - 13.11.2009 | 6h00m

Confira o vídeo que o Núcleo Audiovisual do Circo Voador fez sobre os critérios para lá de subjetivos que os seguranças de agências bancárias adotam na hora de permitir ou barrar clientes. A turma do Circo foi até uma agência do banco Itaú na Glória. Primeiro, entrou o produtor cultural Louzada, que é branco e não teve problemas. Em seguida, foi o MC Shackal, que é negro e... bem, confira você mesmo os procedimentos dos seguranças. Foi criado até um abaixo-assinado (clique aqui) para ser enviado à Federação Nacional de Bancos e ao Congresso.

A seguir a nota inclui o vídeo do youtube linkado abaixo, que mostra inequivocamente que HÁ PRECONCEITO RACIAL no controle da entrada de pessoas em bancos.  Só que quando se vai assinar a petição em http://www.petitiononline.com/porta/petition.html ... o texto dela é o seguinte:
 
To:  Usuários do serviço bancário do Brasil

Se VOCÊ se sentiu alguma vez agredido ou desrespeitado ao tentar entrar na SUA agência bancária para movimentar a SUA conta, ou seja, SEU dinheiro, assine o MANIFESTO PORTA NA CARA pedindo a mudança da porta de segurança das agências para um sistema de RAIO X ou um equipamento de segurança que realmente mostre os pertences que estão sendo conduzidos pelo cliente. As atuais portas são travadas até por uma moeda e você depende da boa vontade do vigilante para destravar a porta e permitir sua entrada no banco. Vamos mudar essa situação e pedir aos bancos que renovem seus equipamentos. Eles podem investir num equipamento de segurança melhor, que implique em menos constrangimento aos seus próprios clientes e usuários.
O Circo Voador acredita que as pessoas devam ser tratadas com dignidade. Agora queremos saber a SUA opinião.

Ou seja: NENHUMA menção à questão racial, que aparece com destaque no vídeo - e um apelo num tom que parece especial para agradar muito mais à classe média branca. Assinei a petição, mas não pude deixar de acrescentar o seguinte comentário:
 
Apesar de, como branco, também já ter passado constrangimento (p.ex. tirar cinto e entrar segurando as calças) não acho certo que este manifesto ignore a questão racial. A diferença que ela faz é estatisticamente significativa sim.
 
E exigir o treinamento/educação adequado dos seguranças é mais pertinente que pedir instalação de equipamentos, que sairão do nosso bolso e gerarão mais desemprego em lugar de educação.
 

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