Acredite nos que buscam a verdade... Duvide dos que encontraram! (A.Gide)

15 dezembro 2008

COMPLEMENTO: Caroline Pivetta, o Direito, as perspectivas de revolução e o pluralismo...

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À mensagem/postagem anterior, Calu Baroncelli respondeu:
Pois é, Ralf, a fala do Ministro é muito bem embasada e a perplexidade do Serra nem me assusta, pois vem de quem vem. Afinal, e eis o que vejo aí um grande problema: infelizmente o judiciário não entende de cultura, não é?... o que fazer nessas horas? Enxergar somente que a lei deve ser cumprida, sem o entendimento da questão social e cultural que há por trás, é e sempre será, uma tremenda burrice.
Por isso não tenho esperança nenhuma na nossa Justiça, sempre injusta.
Beijos
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E a isso respondo eu...
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E o pior, Calu, é que essa burrice da justiça para a dimensão real das coisas, antropológica, viva, é GERAL, não é só no Brasil. Verdade que é pior em todos os países onde predomina a herança do direito romano, formalista, enquanto o direito de origem germânica, anglo-saxônica, é um pouco mais baseado no costume (jurisprudência)  e na consciência dos juízes.
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O que eu sinto é que estamos chegando no limite de todas as instituições como conhecemos. Que é forçoso que venha algo como uma fase revolucionária pela frente - mas as concepções marxistas usuais não dão conta nem de longe da profundidade que isso quer e precisa ter.
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E o triste é que se não houver um volume suficiente de gente que tenha conseguido formular conscientemente quais devem ser os rumos dessas revoluções, haverá apenas desagregação, caos crescente, e a possibilidade de formas ainda mais retrógradas e autoritárias virem a se estabelecer (do mesmo modo como o nazismo e o fascismo conseguiram se estabeler depois da fase de fulgurante liberdade e criatividade que foram os anos 20 do século XX).
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Minha "doutrina" do Pluralismo Radical almeja nada menos do que isso, ser a diretriz fundamental para que uma nova fase revolucionária posse dar bons resultados, e não levar a retrocessos... Mas ai... que sou apenas mais uma pulguinha anônima, e esse pequeno critério para que a zoeira geral seja produtiva, provavelmente nem ele mesmo conseguirá ser ouvido no meio da zoeira que já está aí... 
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(Zé Ralf)
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