tanto tempo! tão outra te tornaste e
tão a mesma, charmórbida curitiba!
mostrem-me um homem
que não seja desengonçado
e eu lhes mostrarei que é de fora... - mas após
certo teor e certa hora
todos os pardos são gatos
- e os rosados, amarelos, os cinzentos, os azuis -
mesmo se todos, ou quase todos
ao mesmo tempo cães - e como haver-se
em meio a tanta vida
animal?
despierta, mi bien, despierta,
mira que ya amaneció
desgruda-te dessa mesa
e vamos pra casa dormir!
Valdo Valente, em
05-09.01.2011
que coisa bonita ralf, me lembrou um poema do guilherme de almeida sobre essa amante nossa...
ResponderExcluirao traduzir as flores do mal ele escreveu assim:
à doce dona do meu lábios
senhora de todas as minhas palavras
e pois de todos os meus sentimentos
e pensamentos
à que é minha rainha e escrava
- rainha que amo e escrava que castigo -
à bela e rude
LÍNGUA PORTUGUESA
com humildade e orgulho
dedico
estas doentias flores alheias que tentei fazer suas
guilherme de almeida.
como hj é sábado, fui pegar o livro pra transcrever esse poema que gosto e que tem a ver com nossa história, pois foi vc quem me mostrou estas flores envenenadas, as quais amo.