Não tenho dúvidas de que as intenções são as melhores - mas acontece que incontáveis vezes as recomentdações que recebemos de médicos estão simplesmente fora da realidade - inclusive, como neste caso, dos médicos que atuam no sentido da visão sistêmica, retorno ao natural etc e tal.
Está aí gritante, nas manchetes (reproduzido abaixo), a informação de que além do seu leite as mães não devem oferecer nem água às crianças menores de 6 meses. Mas... senhores médicos e técnicos do Ministério, ao divulgar essa informação assim, sem ressalvas de contextualização, os senhores podem estar pura e simplesmente MATANDO crianças.
Como minha neta, que estaria morta nesse momento, e não nos seus vigorosos 8 anos, se a sua avó materna quase-índia não houvesse gritado para minha nora parar de seguir a orientação dos médicos.
No calor de fevereiro de Maceió essa avó encontrou uma neta quase desfalecida, totalmente sem pressão e sem tônus, e seu olhar experiente perguntou à filha de primeiro parto: "mas você não está dando água?" "- Não, no hospital disseram que não é pra dar".
Minha neta estaria morta agora com vossa recomendação, senhores tecnocratas. Tem realmente muita coisa que o povo não sabe quanto ao trato com filhos, e deveria receber cursos quanto a isso - principalmente quanto à área psicológica. Mas se o povo não soubesse a hora que precisa dar água, a humanidade teria se extinguido há muito tempo.
A cada poucos anos as recomendações da "ciência" mudam. No começo do século XX masturbação era um vício mortal, hoje é um hábito higiênico recomendável para prevenir câncer de próstata... Mas é claro que os homens já se masturbavam dezenas de milhares de anos antes dessa recomendação, e não deixaram de fazê-lo enquanto a "ciência" disse que era errado. Apenas tiveram um acréscimo de sofrimentos psicológicos que nunca precisariam ter tido.
Por essas e outras, sempre que o saber tradicional e a ciência divergem, seria bom que a ciência testasse suas próprias idéias pelo menos mil vezes antes de se meter a intervir nos modos tradicionais!
05/08/2009 - 15h33
Mais de metade das mães oferece água ao bebê antes do sexto mês de vida
Do UOL Ciência e Saúde - Em São PauloMais da metade (60,4%) das famílias brasileiras oferece água ao bebê antes do sexto mês de vida, período em que o recomendável é oferecer apenas o leite materno. O resultado faz parte de uma pesquisa do Ministério da Saúde, que revela a introdução precoce de outros alimentos também nesse período.
Depois da água, os alimentos oferecido ao bebê com maior frequência são outros tipos de leite (48,8%), sucos (37%) e chás (16.5%).
Além dessas bebidas, foi constatada a ingestão de alimentos não saudáveis por crianças de até 12 meses, como bolachas e/ou salgadinhos (71,7%), refrigerantes (11,6%) e café (8,7%).
O levantamento foi feito em 27 capitais e em outros 239 municípios, o que somou informações de aproximadamente 118 mil crianças.
Cerca de um quarto das crianças com 3 a 6 meses de idade já consumiam comida salgada (21%) e frutas em pedaço ou amassadas (24,4%). A Região Sudeste foi a que apresentou maior percentual de crianças alimentadas com comida salgada entre 3 e 6 meses de idade (28,9%), superando em mais de três vezes a Região Norte (8,9%). A Região Sudeste também foi a que mais as crianças recebem frutas precocemente, entre 3 e 6 meses (28,3%). A região Norte apresentou o menor índice (17,5%).
Em contrapartida, cerca 27% das crianças entre 6 e 9 meses, período no qual se recomenda a introdução de alimentos sólidos e semissólidos na dieta da criança, não recebiam comida salgada.
A recomendação do Ministério da Saúde é que o bebê deve se alimentar exclusivamente de leite materno até seis meses de idade. Não há necessidade nem de ingestão de água. Após essa idade, ao introduzir água, por exemplo, deve ser dada em copo e não em mamadeira. Pois tanto a chupeta e a mamadeira acostumam o bebê a sugar de maneira diferente, o que influencia na sucção do leite.
Os dados fazem parte da II Pesquisa de Prevalência do Aleitamento Materno nas Capitais Brasileiras e DF (PPAM), divulgada durante a Semana Mundial de Amamentação. O estudo está sendo lançado em função do lançamento da nova edição da Campanha de Aleitamento Materno, durante a 18ª Semana Mundial da Amamentação (SMAM), de 1º a 7 de agosto.
Obs.: não leia o texto citado acima sem ler o meu próprio texto a respeito, ainda mais acima!
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Ralf Rickli arte em idéias, palavras & educação
http://ralf.r.tropis.org (11) 8552-4506
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