tag:blogger.com,1999:blog-35941136.post2464875691028004405..comments2023-10-28T10:36:35.471-03:00Comments on blog do Ralf & do pluralismo radical: Liberdade de Imprensa, DEMOCRACIA e Liberdade de ExpressãoRalf R só-a-consciência-no-ato-salva!http://www.blogger.com/profile/07416661275957200993noreply@blogger.comBlogger5125tag:blogger.com,1999:blog-35941136.post-73002156738945627182008-03-03T18:10:00.000-03:002008-03-03T18:10:00.000-03:00Desculpe pela demora Ralf...Existe o que se chama ...Desculpe pela demora Ralf...<BR/><BR/><BR/><BR/><BR/><BR/><BR/><BR/>Existe o que se chama “democracia radical”? – II <BR/>– Comentário ao Liberdade de Imprensa, DEMOCRACIA e Liberdade de Expressão de Ralf Rickli<BR/><BR/><BR/>Indivíduo vs. Grupo<BR/><BR/>Não entendo democracia como tendo apenas indivíduos enquanto categorias de poder. Em última análise, são eles que exercem sua “voz política” e nada impede a associação ou agremiação para efetivarem maior volume e serem ouvidos. Mesmo que seus interesses sejam individuais, em última instância, a junção destes não anula suas particularidades. <BR/><BR/>Não existe isso que pressupomos “interesses políticos” em separado dos interesses econômicos. Fazer política abrange efeitos e causas que também são econômicas. Por certo que ocorre desigualdade entre os agentes políticos, em termos de força econômica e, por estas e outras, é que as associações políticas visam equilibrar o jogo. Sindicatos, assim como partidos são exemplos de agremiações que fazem valer seus interesses tornando o remédio, não raro, mais amargo que o mal que aflige o sistema como um todo. No entanto, limitar a ação política à esfera individual tão somente criaria um sistema onde somente indivíduos, mais fortes economicamente fizessem valer somente seus interesses.<BR/><BR/>A força individual se manifesta quando há escolhas e uma delas pode ser a associação por interesses comuns. Por isto penso que para limitar uma “ditadura de partidos”, outras formas de representação política complementares têm sua razão de ser, como as associações civis, organizações não governamentais etc. O perigo não reside nelas, mas em sua dependência da tutela estatal, como é o caso clássico dos sindicatos após Vargas. Daí que enxergo como perigo à democracia, o “filtro” dado pelo poder burocrático. Mesmo assim, viver num mundo sem burocracia equivale a viver numa sociedade tradicionalista ou dependente de um poder meramente carismático. <BR/><BR/>Já acreditar num mundo de indivíduos políticos e associações (empresas, sindicatos, igrejas) neutros significa pensarmos que a partir do momento em que nos comunicamos, a política deixa de existir. Proibir, portanto, a orientação política de qualquer uma dessas associações implica em omitirmos seu caráter, ocultando-o da forma real que pode assumir. Melhor do que negar a força lobista é assumi-la de vez para, inclusive, saber com quem lidamos sem nuvens que ocultam a relação entre ações e interesses. <BR/><BR/>Se a negação de toda e qualquer agremiação como pressuposto para atividade libertária individual e radical fosse válida, sem corrermos algum risco de sofrermos “dominação” teríamos que acreditar igualmente que não existe nenhuma forma de dominação entre indivíduos, mesmo que psicológica. <BR/><BR/>Quem fala?<BR/><BR/>Pode se tipificar como engano, uma opinião de editorial jornalístico por ser a individualidade se fazendo passar por consenso. Se fôssemos sempre obrigados a expressar opiniões de grupo como individuais, da mesma forma que pretendemos preservar a liberdade individual, estaríamos exercendo a liberdade de oprimir uma opinião formada por consenso. E, afinal, ele é possível. <BR/><BR/>Querer que todos passem a se expressar somente em nome de sua individualidade, como se isto fosse um expediente suficiente para combater alguma forma de dominação coletiva significa atentar contra a formação de livre-empresa que deriva da própria liberdade individual. Vejo aí um zelo muito acirrado contra o “poder econômico”, mas não contra a burocracia estatal que regularia aquele. Ou seja, um poder político e econômico muito maior. <BR/><BR/>“Quem fala é chefe!” É verdade. Tanto na tribo quanto na urbe. Ocorre que essa assimetria das relações sociais se não é natural, ela é estrutural em qualquer sociedade, a ponto de uma sociedade não existir sem líderes. Penso que a questão é menos de impedir a formação de lideranças do que limitar seu poder. Prefiro pensar em um sistema com contrapesos ao poder do que existe a simplesmente anular a premissa de existência do próprio poder sob risco de criar outro, mais abrangente ainda. <BR/><BR/>Sim, qualquer informação embute já sua própria visão de mundo, se não total, ao menos parcial. De carta a uma ex-aluna:<BR/><BR/><I>Um falecido congressista nacional, Roberto Campos, dizia que "ser patriota não é ser populista"... Analogamente, ser um professor adorado não, necessariamente, é ser um bom professor. Tive colegas quando dava aula no Anglo de Santos que "detonavam", suas aulas eram shows. Mas, no ano seguinte, o aluno mais tarimbado que tinha levado pau no vestibular e, portanto, começara a ler a apostila (!) notava que faltava uns detalhezinhos, como p.ex., um negócio chamado "matéria". Digo sisto porque ensinar não significa introjetar minha opinião, mas debulhar dados e interpretações para, daí sim, de posse de tudo isto, cada um, cada aluno poder, finalmente, escolher seu próprio caminho. E cabe ao professor, para manter sua honestidade, dizer "qual é a sua". Difícil não influenciar, mas ele ou ela devem mostrar que têm uma opinião como a de qualquer outro, que são humanos e ...falíveis.<BR/> <BR/>Perdoe-me, mas vou me estender um pouco aqui porque acho importante e não quero deixar dúvidas. Eu não sou santo, não sou neutro e não sou imparcial, M-A-S isto não significa que eu deva perder um trocinho chamado objetivdidade de vista quando estou em sala de aula. Um psicólogo, p.ex., que em sua infância sofreu abuso sexual, dificilmente poderá se manter "neutro" ao estudar isto, mas seu método de análise será discutido objetivamente por seus colegas. De preferência, sem ninguém saber do ocorrido... Por exemplo, quando estive no Etapa dando um troço chamado "atualidades" para os alunos, tive um módulo sobre a guerra ao Iraque em 2003, o 1º ano desta segunda campanha no Golfo. Coloquei, no mínimo, dois pontos de vista e tecemos considerações etc. Cobrei, como combinado com a coordenação, uma redação em que o aluno poderia optar por "apóio os EUA contra Saddam Hussein" ou "Hussein está certo e os EUA não têm moral na questão" ou, enfim, "em termos". (Prefiro o jornal Estadão, mas a Folha na seção "debates" tem artigos com dois ou três pontos de vista sobre assuntos polêmicos. É um bom exemplo do que acho que deveria ser feito em sala de aula. Para concluir, colhi opiniões diversas, isto é, favoráveis à guerra, desfavoráveis, intermediárias, mas teve uma (esta não vou esquecer) que fui obrigado a zerar. Uma frase inesquecível era "Bush atacou o Iraque para vingar seu pai que teve uma treta com Saddam no Vietnam..." Nota final: DEZ em originalidade, no entanto, a redação não era sobre humor... <BR/> <BR/>Difícil, né? Mais fácil falar sobre massas de ar!<BR/> <BR/>Abraço,<BR/>a.h</I><BR/><BR/>Analogamente, não são os órgãos de imprensa que nos devem fornecer vários pontos de vista simultânea e individualmente, mas sim que sua somatória possa nos oferecer um leque com o maior número de pontos de vista possível. <BR/><BR/>Vejo isto como perfeitamente possível numa época que os meios de comunicação se intensificam, o que não seria possível sem o avanço da tecnologia de redes de comunicação dada, principalmente, por uma empresa como bem poderia atestar Bill Gates. Este homem fez mais pela democracia e pela comunicação que um estádio repleto de filósofos e legisladores. Fez mais pela humanidade que Madre Tereza de Calcutá. <BR/><BR/>Não devemos cair nas armadilhas da reputação humana e sim observarmos suas ações. Contra-poder é poder, mais informação pressupõe mais atores em jogo, mais disputa, o que é, antes de tudo, uma luta mais igualitária, mas sempre uma luta.<BR/><BR/><BR/><BR/><BR/>Atenciosamente,INTERCEPTORhttps://www.blogger.com/profile/04713676594062062470noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-35941136.post-26915502072126365982008-02-15T02:21:00.000-02:002008-02-15T02:21:00.000-02:00Igualmente grato! Com certeza para lá do impacto ...Igualmente grato! Com certeza para lá do impacto inicial da diferença de ângulo, tenho muito a aprender dos seus comentários (concordando ou não) - ou no mínimo eles serão utilíssimos como instigação à busca de clareza sempre crescente na expressão de pensamentos que procedem mais que tudo de uma espécie de certeza interior intuitiva... expressão essa que, reconheço, ainda está longe de suficiente - ainda longe de fazer jus à riqueza da imagem interior!<BR/><BR/>A propósito, sou grato ao Daniel por esse gesto que está fazendo com que, de um modo ou de outro, o meu trabalho esteja sendo lido e pensado por alguém... E nem me oponho que ele mostre a você a resposta que acabo de mandar a ele sobre a sua postagem.<BR/><BR/>Abraços!Ralf R só-a-consciência-no-ato-salva!https://www.blogger.com/profile/07416661275957200993noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-35941136.post-68658395107077584362008-02-15T01:55:00.000-02:002008-02-15T01:55:00.000-02:00Grato colega,Observei teu texto por uma dica de te...Grato colega,<BR/><BR/>Observei teu texto por uma dica de teu amigo, Daniel Plácido.<BR/><BR/>Atenciosamente,INTERCEPTORhttps://www.blogger.com/profile/04713676594062062470noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-35941136.post-41878533441990813262008-02-15T01:45:00.000-02:002008-02-15T01:45:00.000-02:00Puxa, Anselmo... obrigado por se dar o trabalho de...Puxa, Anselmo... obrigado por se dar o trabalho de responder com tanta atenção aos meus delírios!!<BR/><BR/>Como você mesmo disse que vai continuar... aguardo.<BR/><BR/>Apenas esclareço desde já que me permito, sim, pensar COMO SE do zero. (E você com certeza conhece a expressão que destaquei).<BR/><BR/>Não, nada na estrutura lógica das coisas nos atrela à tradição que tivemos. Estar atrelado a ela é mera opção. Trata-se de realidades a que NADA confere realidade se não o imaginário humano, e hoje já descobrimos que TEMOS o poder de sonhar outras. Que nunca se imporão sozinhas, claro, mas que se número suficiente de pessoas ousar assumir tal liberdade de pensar criativamente... não deixará de acontecer sim, alguma influência sobre o sabor total da sopa.<BR/><BR/>Entre outras coisas, o fato de a palavra "democracia" ser grega de modo nenhum me obriga a usá-la com referência à tradição política que passa pela Grécia - tão pouco quanto usar o nome científico Theobroma torna o cacau uma planta grega. Se há correntes culturais que eu realmente invoco no meu ato de pensar, não são as que chegaram nestas terras pelo Atlântico.<BR/><BR/>Que a história e mesmo a biologia tenham até hoje sugerido que a opressão é uma constante... isso absolutamente não nos obriga a aceitá-lo. TEMOS o poder de resolver fazer diferente - tanto quanto temos o de, p.ex., evitar a concepção no sexo y otras cositas tales. De resto, só pode desejar que a opressão continue em existência quem tem a intenção de se aproveitar dela...<BR/><BR/>... e nada mais NATURAL, nesse caso, que meu espírito se compraza em desejar com todas as suas forças que semelhantes pessoas caiam precisamente sob a opressão que propugnam... Caiam sem mais conseguir se levantar e tenham ampla oportunidade de conhecer nas suas bocas o gosto do pó, que impuseram a tantos.<BR/><BR/>Não, não que seja esse o caminho que eu antevejo (falta aqui ao português o verbo envisage para a sociedade. Trata-se é de um... sentimento poético. "Poetic justice", dizem lá eles... Afinal, em nenhum momento prometi ser santo quanto aos meus sentimentos - sobretudo quando frente a outros sentimentos (precisamente isso: sentimentos, cobiças - apenas disfarçados de razão) que de santos não têm nada.Ralf R só-a-consciência-no-ato-salva!https://www.blogger.com/profile/07416661275957200993noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-35941136.post-39452248812364426892008-02-14T23:49:00.000-02:002008-02-14T23:49:00.000-02:00Existe o que se chama “democracia radical”?– Comen...Existe o que se chama “democracia radical”?<BR/>– Comentário ao Liberdade de Imprensa, DEMOCRACIA e Liberdade de Expressão (itens 1 e 2) de Ralf Rickli<BR/><BR/><BR/>Prelúdio<BR/><BR/>O que significa, exatamente, uma “democracia expandida até seu limite máximo”? Se algo é radical, isto é, se vai até suas raízes, uma democracia radical não seria plutocrática, tal qual a ateniense?<BR/><BR/>Se definirmos democracia como algo mais que a ordem da maioria, mas algo que pressupõe a existência de uma minoria, então a democracia é mais do que um fazer valer majoritário. Além de seu fim, ela depende de um meio, processo dir-se-ia que consiste numa “regulação de conflitos”. Se “a guerra nada mais é que a continuação da política por outros meios”, como poderia atestar Clausewitz, a democracia é a possibilidade da política sem a guerra.<BR/><BR/>Informação democrática<BR/><BR/>Podemos concordar que a imprensa, para aqueles que defendem alternativas a sua relação com a democracia, não é democrática. Sim, mas a alternativa não passa por uma regulação (estatal) da própria imprensa. Assim como segue o raciocínio de que para a democracia se faz necessário “mais democracia”, uma “democracia radical”, para a imprensa vale a mesma medida, mesma posologia. A solução para a tendenciosidade, desinformação, manipulação não é um controle sobre a imprensa existente, mas justamente, “mais imprensa”, mais veículos de informação discrepantes que venham a traçar uma salutar competição interna que expresse os dissensos externos.<BR/><BR/>Didaticamente falando, soluções para o oligopólio da informação brasileira, rádio e TV não consistem no monopólio da informação tal como se vê na Venezuela de Chávez. <BR/><BR/>Seguindo a mesma lógica, se os “detentores de capital” têm maior liberdade que os não detentores, qual a solução? Ou se estatiza ou se privatiza? Esta é uma falsa questão e o mundo não acaba aí. Evidentemente que nossas privatizações, não raro, substituíram modelos monopolistas públicos(sic) por modelos oligopolistas privados, o que significa trocar seis por meia dúzia. Por outro lado, se não há gradação entre o que é publico (ou se é estatal ou não é), o mesmo não vale para a esfera privada. Podemos ter 51% das ações de uma empresa nas mãos de um único grupo ou podemos ter seu capital “esfarelado” por mais acionistas. Da mesma forma podemos ter várias empresas descentralizadas competindo num mercado de informações e é aí que reside alguma “democratização da informação” como produtor da mesma e não meramente como consumidor desta. <BR/><BR/>Somos indivíduos, somos opressores<BR/><BR/>Patrimônio público também são as forças armadas. Por seu turno, civil não é militar. Trocando em miúdos, se “ser civil” é um atributo público (e privado), nem tudo que é público pode ser civil. A questão é de como se estrutura o “público” e de como se é civil. Mas, isto depende do meio de cultura em que se insere. Evidentemente, em um país como o Brasil, “público” não quer dizer, necessariamente, propriedade comum ou bem de todos, ainda mais quando levamos nossa tradição patrimonialista em consideração, na qual ocorre uma apropriação (não capitalista) de um bem coletivo de forma ilegítima e por vezes ilícita. Já “civil” em paises como os EUA incluem tantas obrigações quanto direitos. Diferentemente daqui, civil não é passe livre para um “deixa estar” ou “deixa sangrar”... Ser civil inclui ter ordem. Muitos tomam esta palavra como o oposto de liberdade, o que não é verdade. Podemos ter uma ordem livre que se oponha a um caos livre. Isto não significa um simples jogo de palavras, uma mera discussão semântica. Como exemplos teríamos a discrepância entre uma ideologia anarco-punk e o pensamento liberal.<BR/><BR/>Se “o Estado tem sido mesmo (...) uma força opressora da população” e “o poder econômico não-estatal nunca foi menos”, então, com a permissão do sofisma, a opressão é um meio de relacionamento normal. “Estado”, “poder econômico” são categorias analíticas coletivas e se pautar por elas implica em adotar um método onde a esfera da ação individual fique imersa nestas próprias categorias anulando os indivíduos, sua existência e ações reais. As categorias coletivas só existem porque existem indivíduos e não o contrário. Quando se fala em “estado”, “poder econômico” se suprime o que há de real, a saber: indivíduos, ações e interações. Reitero, o que temos que focalizar não é a categoria coletiva, que não passa de um efeito, mas sim suas causas, isto é, a ação e interação individuais. A partir desta premissa podemos ver que há sim dominação, opressão, luta, guerra e toda sorte de manipulações, mas também há cooperação, parcerias, associativismo, concorrência etc. <BR/><BR/>Quando descemos das nuvens da abstração para a concretude do chão, quando deixamos de falar em nomes que representam grandes números e vagas imagens para o aqui e agora, pessoas e lugares, datas e episódios é que compreendemos que o mais simples nos leva a entender o mais complexo e, não o contrário. A história da humanidade não é uma história da luta de classes, nem uma história de opressão, opressores e oprimidos. É uma história de indivíduos em que opressão e libertação caminharam juntas e, não raro, de mãos dadas. Luta é a palavra tomada como intermezzo, enquanto que na verdade é a própria perenidade. <BR/><BR/>Definições e equivalências<BR/><BR/>A “invenção democrática” não foi implantada, efetivamente, em nenhum lugar? O socialismo, tal qual concebido, também não o foi. So what? O que propomos? Que se pense a democracia não enquanto projeto ideal, mas enquanto realidade. Ao invés de partirmos de uma análise lamuriosa, com um wishful thinking pessimista da “democracia que poderia ser”, tal qual se faz com o socialismo, o que deveríamos fazer é analisar a democracia que aí está, tal qual se faz com o capitalismo. O projeto utópico implica em revolução, que sempre nega o dissenso. O realismo reformista parte do pragmatismo com um plano viável e objetivos exeqüíveis. Melhor seria pecar pela humildade da construção social tentando adequar interesses muitas vezes díspares do que pelo excesso, cujas externalidades podem nos colocar sete palmos abaixo do chão.<BR/><BR/>Não se pode contribuir para o objeto de paixão com argumentos, igualmente, passionais.<BR/><BR/>Democracia não é antônimo de Liberalismo, mas de Ditadura. Liberalismo é sim antônimo de Socialismo, dada a conjuntura histórica entre os séculos XIX e XX. A primeira oposição parece óbvia, a segunda nem tanto, mas se nos atermos a questão da Propriedade Privada vs. Propriedade Estatal fica claro entender por que. A propriedade privada evoluiu historicamente, mas não num sentido linear. Vez por outra seu direito reflui, como foi o caso do Medievo e das Revoluções Socialistas. Daí que toda sorte de totalitarismos, seja teocrático ou marxista corrobora para o ataque a liberdade, inclusive a de ter propriedade. <BR/><BR/>Voltando a questão da informação, a propriedade de “manipular cabeças” é a mesma liberdade de manipulação existente entre humanos, seja num clã, tribo ou agrupamento mais complexo. Esta “tirania” não tem “fim” senão pelo próprio contrapeso de outras “manipulações” dadas democraticamente. Como uma doença crônica, ela nunca tem fim, mas pode ser administrada, controlada até. A questão é menos do sentido de manipular do que do direito de manipular, exceto se alguém acredita em total isenção de valores. Crer em um mundo de pessoas neutras e com o mesmo sentido de valores me parece mais um sonho de uma “sociedade técnica”, algo que agradaria Comte ou Spencer.<BR/><BR/>(Continua...)INTERCEPTORhttps://www.blogger.com/profile/04713676594062062470noreply@blogger.com